Para muitos cinéfilos o termo refilmagem chega a dar calafrios. Isso
porque muitas delas acabam destruindo o que foi "alcançado" com o
original, não contribuindo em nada para a perpetuação da espécie "filmus
definitivus". Porém, algumas produções conseguem superar o primeiro e
aí chega-se a conclusão de que foi uma grata surpresa. Abaixo e nas
páginas seguintes, você tem um panorama das realizações bem e mal
sucedidas nos últimos anos. Veja se você concorda com a gente e deixe
sua opinião. ;)
Os 10 melhores
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres merece estar dentre as melhores refilmagens do últimos tempos não só por ser um grande filme, mas também por conseguir superar o original, o sueco Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Os dois longas possuem inúmeras qualidades, em especial no que diz respeito às atuações das Lisbeths de Rooney Mara e Noomi Rapace, mas o de David Fincher é superior na condução da narrativa e em quase todos os elementos técnicos, da fotografia à trilha sonora.
Quem temia uma "americanização" da história, foi surpreendido por um thriller intenso e muitíssimo bem dirigido. Daniel Craig, Christopher Plummer e Stellan Skarsgard completam o elenco e vão bem. O original sueco é dirigido por Niels Arden Oplev e conta com Michael Nyqvist na pele de Mikael Blomkvist. (Lucas Salgado)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
Onze Homens e um Segredo
Onze Homens e Um Segredo,
lançado em 1960, tinha por objetivo reunir grandes astros da época em
uma trama onde cinco cassinos de Las Vegas seriam roubados de uma só
vez. Sua refilmagem, lançada em 2002, mantém a mesma proposta, apenas
diminuindo para três o número de cassinos. Entretanto, apesar das
aparências, há algumas diferenças entre as duas versões.
O primeiro Onze Homens e um Segredo era um filme do Rat Pack, apelido dado ao grupo formado por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Todos muito amigos, nas telas e fora delas, o que deu um ar de leveza facilmente percebido. Entretanto, era também mais uma reunião de amigos do que propriamente um filme bem acabado, especialmente devido ao final pouco convincente. Sua refilmagem corrigiu este problema.
Estrelado pela nata das celebridades de Hollywood naquele momento - George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts e Matt Damon -, o novo Onze Homens e Um Segredo manteve o clima leve da reunião de amigos, mas também construiu tamanho encontro em uma trama envolvente. Mentirosa, é verdade, mas também engenhosa. Ou seja, trouxe um roteiro melhor acabado a uma proposta que já vinha recheada de glamour.
O resultado foi um filme melhor que o original e também um tremendo sucesso de público, que fez com que a trupe, devidamente fortalecida, encampasse mais dois filmes: Doze Homens e Outro Segredo e Treze Homens e um Novo Segredo. (Francisco Russo)
O primeiro Onze Homens e um Segredo era um filme do Rat Pack, apelido dado ao grupo formado por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Todos muito amigos, nas telas e fora delas, o que deu um ar de leveza facilmente percebido. Entretanto, era também mais uma reunião de amigos do que propriamente um filme bem acabado, especialmente devido ao final pouco convincente. Sua refilmagem corrigiu este problema.
Estrelado pela nata das celebridades de Hollywood naquele momento - George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts e Matt Damon -, o novo Onze Homens e Um Segredo manteve o clima leve da reunião de amigos, mas também construiu tamanho encontro em uma trama envolvente. Mentirosa, é verdade, mas também engenhosa. Ou seja, trouxe um roteiro melhor acabado a uma proposta que já vinha recheada de glamour.
O resultado foi um filme melhor que o original e também um tremendo sucesso de público, que fez com que a trupe, devidamente fortalecida, encampasse mais dois filmes: Doze Homens e Outro Segredo e Treze Homens e um Novo Segredo. (Francisco Russo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
A Identidade Bourne
Baseado na obra de Robert Ludlum, a primeira versão de A Identidade Bourne foi feita para a televisão em 1988, como uma minissérie em duas partes. O eixo principal da história foi mantido: um homem acorda sem lembrar sua própria identidade, e enquanto investiga sobre seu passado, é perseguido por assassinos. Richard Chamberlain interpretou o herói neste filme que depois foi reunido em um único DVD.
À primeira vista, a refilmagem de A Identidade Bourne (2002) também teria uma passagem discreta pelos cinemas, já que o filme foi adiado, várias cenas tiveram que ser refilmadas e o material final foi muito diferente do projeto previsto inicialmente. Mas a recepção crítica e de público foi excelente, levando Matt Damon a interpretar o personagem principal em mais dois filmes: A Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne (2007). Apesar da recusa do diretor e do ator principal em fazer um novo episódio da série, foi lançado um quarto capítulo da trama, O Legado Bourne (2012), com um novo herói. (Bruno Carmelo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
A Fantástica Fábrica de Chocolate
Imagine uma criança pobre que ganha a rara oportunidade de entrar em uma imensa fábrica de doces? A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971) tinha tudo para ser um filme familiar simples e edificante, mas esta história revela um lado mais perverso, já que o dono a fábrica, Willy Wonka (Gene Wilder) acaba punindo as crianças por seus desejos... Embora esta produção tenha marcado o imaginário infantil, seu tom amargo não se traduziu em sucesso, e o filme mal cobriu os custos da produção.
Mesmo assim, o tema tão cômico quanto sombrio era ideal para o diretor Tim Burton, que decidiu trazer esta história mais uma vez aos cinemas. A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) mostra o ator preferido de Burton, Johnny Depp, no papel principal, compondo um personagem ainda mais macabro, beirando a loucura. Desta vez, o universo mágico seduziu o público, tornando-se o segundo filme de maior sucesso da longa parceria Burton-Depp. (Bruno Carmelo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
Bravura Indômita
Bravura Indômita ficou conhecido na história do cinema como o filme que rendeu a John Wayne seu único Oscar. Pouco mais de 40 anos depois, os irmãos Joel e Ethan Coen resolveram voltar ao livro de Charles Portis para uma releitura na sétima arte, e com bastante sucesso.
Sabendo da figura emblemática de Wayne como o xerife beberrão Rooster Cogburn, os Coen convidaram para o papel um ator de respeito: Jeff Bridges, que acabou sendo indicado ao Oscar pelo personagem. De quebra ainda apresentaram ao mundo a jovem Hailee Steinfeld, estreante no cinema, e contaram com o apoio dos já conhecidos Matt Damon e Josh Brolin. O resultado é um faroeste de respeito, muito bem atuado e que reverencia os clichês do gênero.
Indicado em 10 categorias do Oscar, e sem vencer em nenhuma, o novo Bravura Indômita é apontado por muitos como superior ao original. É importante ressaltar que, apesar de serem baseados no mesmo livro, os filmes não têm exatamente a mesma história. O final, em especial, traz diferenças consideráveis. (Francisco Russo)
Sabendo da figura emblemática de Wayne como o xerife beberrão Rooster Cogburn, os Coen convidaram para o papel um ator de respeito: Jeff Bridges, que acabou sendo indicado ao Oscar pelo personagem. De quebra ainda apresentaram ao mundo a jovem Hailee Steinfeld, estreante no cinema, e contaram com o apoio dos já conhecidos Matt Damon e Josh Brolin. O resultado é um faroeste de respeito, muito bem atuado e que reverencia os clichês do gênero.
Indicado em 10 categorias do Oscar, e sem vencer em nenhuma, o novo Bravura Indômita é apontado por muitos como superior ao original. É importante ressaltar que, apesar de serem baseados no mesmo livro, os filmes não têm exatamente a mesma história. O final, em especial, traz diferenças consideráveis. (Francisco Russo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
Os Infiltrados / Conflitos Internos
A refilmagem americana, batizada Os Infiltrados (2006), tinha a difícil tarefa de estar à altura do original. Para isso, Scorsese reuniu um time de primeira qualidade: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Mark Wahlberg, Jack Nicholson... O desafio foi vencido sem dificuldade: além de a produção faturar US$289 milhões pelo mundo inteiro, ela também foi recompensada com três Oscar, e venceu nada menos que 60 prêmios nacionais e internacionais. (Bruno Carmelo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
Karatê Kid
Daniel San (Ralph Macchio) e senhor Miyagi (Pat Morita) são dois ícones criados pelo cinema nos anos 80. A dupla surgiu na aventura juvenil Karatê Kid - A Hora da Verdade e manteve-se junta por duas sequências: Karatê Kid 2 - A Hora da Verdade Continua e Karatê Kid 3 - O Desafio Final - Miyagi ainda apareceria em Karatê Kid 4 - A Nova Aventura, com uma nova aprendiz. O anúncio de que uma refilmagem estava em andamento logo trouxe reclamações dos fãs, que não acreditavam que algo de bom pudesse sair dali. Ledo engano.
É bem verdade que o novo Karatê Kid não é melhor que o original, mas ainda assim é um bom filme. Estrelado por Jaden Smith e Jackie Chan, que não interpretam os mesmos personagens do original mas repetem a parceria entre aprendiz e tutor, o filme reprisa todos os principais elementos do filme dos anos 80: o garoto perseguido pelos colegas, a luta como forma de autodefesa, o uso de métodos insólitos e aparentemente inúteis no treinamento e a participação em uma competição.
O que soa estranho no novo Karatê Kid é que, ao contrário do que o título indica, a luta ensinada pelo senhor Han (Chan) a Dre Parker (Smith) é o kung fu. Ou seja, os produtores mantiveram o título original para se aproveitar da fama da trilogia original. Entretanto, quem assistir aos dois filmes poderá perceber que há várias semelhanças no roteiro, o que justifica o título de refilmagem. (Francisco Russo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
Madrugada dos Mortos / O Despertar dos Mortos
Madrugada dos Mortos é mais que um remake de O Despertar dos Mortos. Trata-se de uma homenagem ao diretor desta última produção, George Romero, e ao gênero "filmes de zumbi". Também possui um frescor impressionante e uma crítica à sociedade de consumo ao colocar os personagens presos em um shopping center.
Ninguém dirige zumbis como Romero, mas é inegável que Zack Snyder fez um belo trabalho. Conduzindo bem o clima de suspense e pavor, ele chamou a atenção de Hollywood com o trabalho, servindo de ponto de partida para uma grande carreira, com obras de destaque como 300 e o ainda inédito O Homem de Aço. (Lucas Salgado)
O Despertar dos Mortos
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
Deixe Ela Entrar / Deixe-me Entrar
Deixe-me Entrar (2010) pode não ser tão bom quando o sueco Deixe Ela Entrar (2008), mas é inegável que é um filme que respeita bastante sua origem e, por isso, foca em um horror menos gráfico e mais tenso. Dirigido por Matt Reeves, que já havia chamado a atenção em Cloverfield - Monstro, o novo longa conta com uma atuação impressionante de Chloë Moretz como uma jovem vampira que inicia uma curiosa relação com seu vizinho Owen (Kodi Smit-McPhee). Quem também se sai bem é Richard Jenkins na pele do pai da vampira.
O elenco do original também se destaca, com boas presenças de Kåre Hedebrant, Lina Leandersson e Per Ragnar. A direção é de Tomas Alfredson, que chegou aos cinemas brasileiros em 2012 com o thriller de espionagem O Espião que Sabia Demais. (Lucas Salgado)
O Talentoso Ripley / O Sol por Testemunha
Criada pela escritora Patricia Highsmith em 1955, o livro O Talentoso Ripley teve tanto sucesso que, cinco anos depois, ela já ganhava uma adaptação cinematográfica francesa, com o título O Sol por Testemunha. O diretor René Clément pretendia trazer todos os elementos do sucesso de bilheteria: a estrela Alain Delon, as belas paisagens italianas e uma trama misturando erotismo e perigo.
O personagem Tom Ripley apareceu muitas outras vezes no cinema, mas talvez a refilmagem mais conhecida seja O Talentoso Ripley (1999), com Matt Damon no papel principal. Além do grande elenco (Jude Law, Gwyneth Paltrow, Cate Blanchett, Philip Seymour Hoffman),
o diretor conseguiu dar uma atmosfera ainda mais sombria à nova versão.
O filme foi indicado a cinco Oscar, e acabou dando origem a uma
sequência, O Retorno do Talentoso Ripley (2002), com John Malkovich como protagonista - mas o resultado foi um grande fracasso. (Bruno Carmelo)
Uma matéria especial de Francisco Russo, Lucas Salgado e Bruno Carmelo
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