Coleção é marcada pela intensidade das cores.
O movimento artístico conhecido como Pop Art é uma fonte infindável de inspiração para estilistas e hair stylists. A MIX USE buscou inspiração neste tema há algumas temporadas, assim como a hair stylist americana Vivienne Mackinder nesta coleção que tem o mesmo nome.
“As silhuetas nesta coleção são definidas pela cor, com loiros delicados e sussurrantes, vermelhos elegantes e tons que gritam com intensidade. O jogo entre o corte e cor dá vida a cada look”, descreve Vivienne.
Com o trabalho de coloração de Sue Pemberton, maquiagem de David Maderich, styling de Angi Widjaja, unhas de Angi Wingle e fotografia de Julia Pagadina, Vivienne criou uma de suas coleções mais brilhantes e sofisticadas, comentadas aqui pelo diretor artístico MIX USE Paulo Ricardo: “Backstage Pop Art foi uma coleção divertida, colorida e conceitual onde tratamos dos temas da Pop Art. Em Factory Girls, voltamos nosso foco para as musas contemporâneas da Pop Art. Um mesmo tema pode ter vários ângulos. Vivienne Mackinder agora aborda um tema explorado por nós, mas sob um ponto de vista completamente diferente e personalizado”, explica.
O Five Point foi um corte que mudou a cara da moda nos tempos da Pop Art. A elegância foi conferida ao corte pela estilista criadora da minissaia, Mary Quant, admirada e copiada. Linhas geométricas e cores vibrantes em um mesmo contexto fazem deste look um reflexo da Pop Art.
O Undercut aqui é acentuado pelo contraste da cor. Do vibrante vermelho à profundidade do preto, da área curta em tosquia, que transmite toda ousadia convicta, para a área longa, que transmite paixão. Temos o antagônico e o complemento juntos. Nada mais Pop, nada mais Art.
Novamente a geometria e o minimalismo reaparecem no mesmo quadro. É como se estivéssemos diante de um desenho perfeito onde o bob cut com franja “plain” se colorem e nos remetem a quadros de cores sobrepostas em silk screen.
O desequilíbrio é outra forma artística explorada pela Pop Art que também migrou para o mundo da moda nas coleções de Mary Quant, Pierre Cardin, André Courrèges e Paco Rabanne. Nos cabelos, a supermodelo Peggy Moffit foi ícone deste “imbalance cut”.
Cabelos curtos, movimento e cor são conteúdos efervescentes na Pop Art . A androgenia era ascendente e além de Twiggy, muitas mulheres assumiam seu lado andrógino. Uma concracultura para a época, mas que hoje revisita o mundo da moda.
Outro personagem ícone foi a modelo Penelope Tree. Com seus cabelos longos, aparece em versões ruivas e marrons, ora em versão hippie, ora em versão “cool”, exatamente como os Beatles, que fizeram do corte mop top, uma referência ao homem pisar na lua.
Os cabelos curtos e descoloridos de Edie Sedwik retratavam seu “guru”, Andy Warhol. Ele originou o conceito Pop Art e criou “super stars”: supermodelos nas passarelas, filmes, fotos e na serigrafia. Dentre elas destaca-se Edie, preferida de Andy.
Penteados vaporosos começaram a despontar no fim dos anos sessenta. A mistura do ruivo com o loiro e a postura da modelo nos reporta à supermodelo Veruska, que fez sucesso na década sixtie. Hoje esse look tornou-se presença constante no red carpet.
“Looks que hoje vemos como obrigatórios no mundo da moda foram vanguardistas do passado, mas que perpetuam suas referências e inspirações visitadas e revisitadas pelos criadores de moda. Visite você também”, conclui o diretor artístico Paulo Ricardo.
Beijinhos!!!
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